Museu Histórico de Araranguá

Os trabalhos de coleta de acervo museológico tiveram início em 1993, no espaço alugado que sediou a Casa da Cultura na Avenida XV de Novembro. Com a aquisição do prédio na Praça Hercílio, em 1998, o material recebeu as primeiras catalogações e foi exposto em algumas datas municipais. Nesse período foram feitas muitas pesquisas sobre a história local, resultando na publicação de livros, matérias em periódicos e fonte para monografias, renovando junto à comunidade o debate sobre a necessidade de abertura de um espaço museológico no município.

Em 2008 inicia-se o processo de implantação do museu no Centro Cultural. O projeto foi acompanhado por equipe técnica formada por museólogo, historiador e arquiteto, envolvendo ainda profissionais de outras áreas, como carpinteiros, pedreiros, eletricistas, marceneiros, pintores, encanadores, entre outros, atendendo às normas técnicas da museologia para a sua execução.

Concluídas as adaptações e instalações do espaço, no dia 26 de agosto de 2009 é inaugurado o Museu Histórico de Araranguá. Desde então a cidade possui o seu espaço de memória, cuja linha de atuação busca estabelecer contínua interatividade com o público e parcerias com diversas intuições. Consta de sua programação a realização de exposições temáticas e itinerantes, que são levadas a escolas e universidades, como também para espaços públicos abertos, como o Jardim Alcebíades Seara, o Calçadão, entre outros.

O Museu Histórico de Araranguá, guardião da sabedoria e da experiência histórica que afirma a nossa cidadania, destaca-se por manter, preservar e difundir muitas simbologias e representações da cidade por meio dos conhecimentos que produz e publica. É pelo museu que revisitamos as épocas e as vivências, pontos de partida que explicam os passos do passado que orientaram a caminhada do presente e a perspectiva do futuro.

Reserva Técnica

Com o intuito de preservar o patrimônio do Museu Histórico de Araranguá, os acervos passam por minuciosos cuidados, incluindo higienização, catalogação e digitalização. Da mesma forma, seguem ações de pesquisa, produção textual e difusão por meio de diversos projetos.

Almir Silva de Sousa e Juliana de Couto Florentino estagiários do MHA.

Projeto de Educação Patrimonial

O Projeto de Educação Patrimonial Museu na Escola percorreu as escolas municipais, estaduais e particulares, levando aos estudantes conhecimentos referentes à nossa História, por meio de palestras e exposições.

Breve relato histórico do projeto:

No primeiro semestre de 2017, o Departamento de Cultura percorreu 12 estabelecimentos de ensino ministrando palestras sobre o tema abordado pelo Museu Histórico de Araranguá: “José Genaro Salvador: 100 anos – Lente que conta a história de Araranguá”.

Com a explanação acerca do assunto, os alunos puderam conhecer um pouco mais sobre as mudanças tecnológicas dos equipamentos fotográficos, também sobre a história de um dos primeiros fotógrafos de Araranguá e sobre a importância da fotografia para preservação e difusão da memória.

Já na segunda etapa, iniciada no dia 23/09/2017, no Calçadão de Araranguá, o projeto apresentou à comunidade as exposições “O Meu Trabalho” e “Linha do Tempo”, que após, foram levadas a 30 estabelecimentos de ensino, incluindo escolas básicas, municipais, estaduais e particulares, além de universidades e Instituto Federal.

A terceira etapa foi realizada com a parceria do professor e escritor César Antônio Spricigo e do artista plástico Juliano Ferreira, com a exposição “Sujeitos Esquecidos Sujeitos Lembrados”. Paralelo a essa exposição, inauguramos a quarta etapa com a exposição “Araranguá e a Cultura de Base Açoriana”.

O projeto aproxima a comunidade com os assuntos relacionados à cultura local e sua movimentação social, contribui com a preservação da memória, aborda os temas das exposições do museu e, principalmente, estimula o reconhecimento individual e coletivo.

Colocar o expectador na condição de protagonista e responsável pela preservação da histórica coletiva é um dos objetivos do projeto. Por consequência, a exposição itinerante leva ao conhecimento do público os fotógrafos da cidade, proporcionando preservação da memória local e reconhecimento da arte e dos artistas.

No ano de 2020 o projeto foi interrompido devido à pandemia. 

Texto: Micheline Vargas de Matos Rocha